Na segunda exposição do nós-moçada, o coletivo se adensou. Apareceram mais nós. Ninguém novo no coletivo, eles continuam sendo os mesmos 14 que há 6 meses se reúnem para estudar e mostrar suas produções em espaços alternativos de São Paulo. No entanto, dessa vez, aparecem obras de autoria dupla, ou obras que tentam conectar todas as salas de exposição do Veredas, deixando a liga mais forte, para ninguém ficar sozinho.
Um conceito que perpassa vários desses trabalho, e que certamente tem ligação com a questão do coletivo, é a multiplicidade de identidades da era da comunicação cibernética. A frase famosa de Arthur Rimbaud, “Je est un autre” (Eu é um outro) é aqui atualizada para “Je est plusiers autres” (Eu é muitos outros), como explicitado na obra que exibe vários televisores, cada um com um personagem diferente encarnado no mesmo corpo, referência explícita a Cindy Sherman. Em outra sala, o universo de um “eu fictício”, Jaques Jolene, é apresentado como instalação. Um “eu virtual” participa da abertura da exposição em uma performance a longa distância: um dos membros do coletivo que está na Islândia passeará, via Skype, nos braços dos espectadores, carregado como se fosse um bebê, para participar da festa.
Obras que se espalham, como a que convida os espectadores a encher bexigas e deixar no espaço da exposição ou o morrinho de areia que inevitavelmente será carregado em grãos pelos pés dos visitantes, propõem a circulação, a criação de uma trama, como a rede que aparece no vídeo logo na entrada do Veredas.
A montagem vai ser uma obra também, definida pela questão da caracterização do coletivo como unidade. O nome de cada artista aparece nas etiquetas das obras como mais uma informação técnica, ao lado das medidas ou materiais usados. Afinal que nome é esse? Cada um dos nós são muitos eus.
Paula Braga, 2012
Alessandra Falbo
∞, 2010
Vídeo 30'49
I: Processo de ∞ e II Processo de ∞, 2010
parceira com Samuel Esteves
Colagem de ampliações fotográficas sobre acrílico
Bárbara Hoffmann
Instalação
Daniel Lie
Madeira de Cristal, 2010
Escultura em madeira
Série Incisões de Tempo/ De Foda-se Freud a Decorrer, 2011
Pinturas sobre painéis fotográficos
Denise Alves-Rodrigues
Vídeo 15', compensado tipo virolinha e impressão sobre adesivo
Impositivo, 2012
Perfomance
Gabi Vanzetta
Ele ama você, 2012
Vídeo Instalação
Janaina Wagner
Um Labirinto em Cada Pé ou Coqueluche, 2012
Cimento, ferro e gaze
Fé (cura dor), 2012
vídeo instalação 8'07''(em looping)
Joanna Barros
Só escapo pela porta da saída, 2012
Performance
Julia Cury
Emparedamento II, 2012
Performance
Emparedamento I, 2011
Registro de performance por Adriane Lisboa
Leonardo Akio
Sem Título (Para Lina bo Bardi), 2012
9 fotografias a partir de intervenção
Felipe Meres
Impositivo, 2012
Perfomance
Gabi Vanzetta
Ele ama você, 2012
Vídeo Instalação
Janaina Wagner
Um Labirinto em Cada Pé ou Coqueluche, 2012
Cimento, ferro e gaze
Fé (cura dor), 2012
vídeo instalação 8'07''(em looping)
Joanna Barros
Só escapo pela porta da saída, 2012
Performance
Julia Cury
Emparedamento II, 2012
Performance
Emparedamento I, 2011
Registro de performance por Adriane Lisboa
Leonardo Akio
Truelo, 2011
Madeira, cobre e elásticos
Márcia Beatriz
Mundum (série Peripécias), 2011
Vídeo 4'50''
Nei Franclin
Sem Título, 2012
Instalação: desenho, grafite sobre placas de gesso
Paula Zacaro
Série Interiores #9, 2011
Óleo sobre madeira
Viviane Tabach
9 fotografias a partir de intervenção
Ampola, 2012
Instalação com Areia
Janaina Wagner + Viviane Tabach
Marasmo, 2012
Fotografia (díptico)
Daniel Lie + Janaina Wagner + Nós Moçada
para mais informações sobre o grupo Nós-Moçada
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